segunda-feira, 28 de maio de 2007

berimbau...

Ouço um berimbau a tocar
Vultos jogam nesse ritmo
Num misto de sou, calor, desejo e paixão
Não consigo me encontrar
Abraços, suor, golpes, luar
E apenas o berimbau insiste em tocar
Vejo um homem de branco
Um mestre filosofando, tentando explicar
E em meio a um chão sujo o vejo...
Com sua calça branca puída
Seu olhar brilha
Sua esperança renasce a cada batida do atabaque
Convicto do que quer
Desvio um pouco o olhar
Mas ele percebe,
Mesmo assim volto a focá-lo
Com sua corda laranja reluzente
Parece adivinhar
Cada golpe, com rapidez desvia esquiva
Parece levitar, brilhar
E de repente volto desse êxtase e estou ali
Apenas à observá-lo
Ouvindo sempre um berimbau a tocar.
foto:http://www.fundacaocultural.ba.gov.br/02/astec/populac/Intercam.htm

Um comentário:

Anônimo disse...

nathy, você como sempre publicando coisas sobre a vida não é?!
adorei o poema e adoraria ver te na capoeira um dia, me convida viu!
rsss
um beijo